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Notícias -Nov 20, 2025

Rotograma: O que é e como fazer

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Em um país onde mais de 60% das cargas circulam por rodovias e onde os riscos operacionais fazem parte da rotina, o rotograma se tornou uma das ferramentas mais importantes para quem trabalha com logística, transporte rodoviário e gestão de frotas no Brasil. 

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Rotograma O que é e como fazer

Além de contribuir para a segurança e a eficiência operacional, o rotograma ganha ainda mais força quando integrado a tecnologias modernas de roteirização, telemetria e inteligência artificial, capazes de transformar dados em decisões rápidas e precisas.

O que é um rotograma?

A palavra rotograma refere-se a um documento ou mapa de rota que reúne informações detalhadas sobre o percurso de um veículo (carga ou transporte), desde a origem até o destino, com foco especial nos riscos, nas restrições do trajeto, nas paradas, nas condições da via e no tipo de carga transportada. 

Em outras palavras, ao contrário de uma simples roteirização (que foca basicamente em traçar caminho + menor custo/distância), o rotograma incorpora uma lógica de prevenção: identifica trechos com maior incidência de sinistros, pontos de atenção geográfica, áreas críticas, locais de parada seguros, entre outros. 

Resumo técnico

  • Documento ou mapa técnico: descreve por trecho ou por quilômetro as características da rota. 

  • Foco em segurança, risco e previsibilidade da rota. 

  • Integra-se à gestão de frotas, telemetria e, conforme a maturidade da empresa, pode utilizar tecnologia de dados ou IA para enriquecer o mapeamento.

Para complementar o uso do rotograma e maximizar a eficiência das rotas, recomenda-se também aprofundar o entendimento sobre roteirização. 

No blog da SimpliRoute, você encontra um guia completo sobre como a roteirização pode reduzir custos, melhorar o planejamento operacional e tornar sua frota muito mais produtiva.

Por que o rotograma é tão importante para frotas e transportistas

Para quem gerencia frota ou realiza transporte de cargas no Brasil, onde a malha rodoviária apresenta desafios, a aplicação de um rotograma captura ganhos estratégicos:

Redução de riscos operacionais

Por exemplo: a ferramenta permite que gestores identifiquem trechos com maior índice de roubos de carga, curvas perigosas, vias sem acostamento, ou locais sujeitos a alagamento ou deslizamento, todos fatores que aumentam a probabilidade de eventos adversos. 

Melhoria da segurança do motorista e da carga

Ao fornecer ao condutor um roteiro com pontos de atenção e locais seguros de parada, há redução do estresse operacional, maior previsibilidade, menos surpresas no percurso. 

Eficiência logística e economia

Embora o foco principal seja a segurança, a integração do rotograma com roteirização, monitoramento e tecnologia pode gerar economia: menos tempo improdutivo, menos acidentes, menor custo de manutenção ou seguro (em alguns casos). 

Conformidade normativa e gestão de crises

Para transportes de cargas especiais, como cargas perigosas, o rotograma é uma peça-chave do planejamento preventivo, integrando-se à matriz de risco da empresa.

Dado relevante: Segundo levantamento da Ministério da Justiça e Segurança Pública, o Brasil registra mais de 10.000 roubos de carga por ano. Esse dado evidencia o porquê do rotograma não ser apenas documento operacional, mas uma medida estratégica de segurança.

Quais os tipos de rotograma

A literatura especializada identifica ao menos três abordagens distintas de rotograma, cada uma com aplicações específicas. 

  • Rotograma “linear”: trata-se de uma listagem sequencial simples das etapas do trajeto: origem → paradas intermediárias → destino, com informações básicas de percurso, mas com menor profundidade. 

  • Rotograma “descritivo”: mais aprofundado. Inclui características da via (ex.: declive, aclive, tipo de pavimento), histórico de sinistros, dados de risco por quilômetro, locais de apoio/emergência. 

  • Rotograma “falado” ou assistido por tecnologia: uma versão moderna em que, via GPS, telemetria ou solução mobile, o condutor recebe mensagens por voz ou interface sobre trechos críticos, obstáculos, mudanças de rota, integrando dados em tempo real.

Como fazer (ou estruturar) um rotograma eficaz

A seguir, passo-a-passo prático para que gestores de frota implementem um rotograma com consistência. 

Pode ser aplicado com ou sem tecnologia avançada, mas quanto mais dados e automação, melhor o resultado.

Passo 1: Identificar informações essenciais

Antes de gerar o documento, colete as informações fundamentais:

  • Origem, destino e paradas previstas

  • Tipo de veículo, tipo de carga (peso, volume, sensibilidade)

  • Dados da via: pavimento, sinalização, acostamento, declive/aclive

  • Histórico de sinistros (roubo, tombamento, acidente) por trecho

  • Zonas com restrição de horário, pedágio, controle policial

  • Locais seguros de parada, apoio, emergência (posto, hospital, polícia) 

Passo 2: Organizar e mapear o trajeto

  • Divida o trajeto em trechos (ex.: por cidade, por rodovia, por km)

  • Em cada trecho, identifique pontos de atenção: curvas pronunciadas, trechos urbanos/rodoviários, zonas de risco

  • Gere mapa ou documento com visualização clara (planilha, mapa, software) 

Passo 3: Aplicar roteirização + risk-map

  • Utilize roteirização para definir o melhor caminho em termos de eficiência (distância, tempo, custo)

  • Sobreponha o mapa de riscos (rotograma) para ajustar o trajeto, evitando trechos com alta incidência de sinistros ou condições adversas

  • Se possível, utilize plataformas de telemetria e IA para sugerir rotas seguras automaticamente (como já fazem algumas soluções do mercado) 

Passo 4: Validar e comunicar ao condutor

  • Entregue ao motorista o rotograma/roteiro com instruções claras

  • Faça treinamento breve ou briefing explicando os trechos críticos e paradas previstas

  • No caso de rotograma falado/assistido, certifique-se de que o condutor tem a interface necessária 

Passo 5: Monitorar, revisar e atualizar

  • O rotograma não é fixo: após viagens, registre ocorrências, variáveis novas, mudanças de via e revise o documento

  • Empresas maduras implementam matriz de risco associada ao rotograma para incorporar lições aprendidas

Como a tecnologia e a IA entram no jogo

Para frotas que buscam competitividade, o rotograma deixa de ser apenas “mapa” e vira parte de um ecossistema tecnológico. 

Exemplos e tendências:

  • IA que sugere automaticamente trechos de risco com base no histórico de dados e telemetria. 

  • Integração com rastreamento em tempo real, telemetria do veículo (acelerações, frenagens, velocidade) e alertas para o condutor. No blog da SimpliRoute, você pode entender como a telemetria veicular transforma dados de comportamento, trajeto e desempenho do motorista em decisões inteligentes que fortalecem rotas mais seguras e eficientes.

  • Plataforma que consolida dados de diferentes veículos, rotas e históricos, para gerar “biblioteca” de rotogramas que evoluem com a operação.

  • Softwares especializados que permitem simulação de diferentes cenários de rota, em função de tipo de carga, veículo, condições meteorológicas e via. 

Nesse contexto, soluções como a SimpliRoute podem integrar funcionalidades de roteirização, telemetria e tecnologia de IA, apoiando gestores de frotas a otimizar suas operações de forma inteligente e segura.

Boas práticas e erros comuns a evitar

Boas práticas

  • Histórico bem documentado: registre sinistros, trechos críticos, paradas e compartilhe com a equipe.

  • Envolvimento do motorista: condutor bem informado colabora mais no cumprimento do rotograma.

  • Revisão periódica: vias mudam, condições climáticas se alteram, novas zonas de risco surgem.

  • Integração de dados: rotograma + telemetria + rastreamento + IA = poder preditivo maior.

Erros comuns

  • Não atualizar o documento: seguir roteiros antigos com dados obsoletos.

  • Não treinar o condutor: entregar documento sem briefing reduz eficácia.

  • Ignorar dados do veículo ou da carga: cada carga exige cuidados específicos (ex: químicos, cargas perigosas, cargas frágeis).

Perguntas frequentes sobre rotograma

O rotograma é obrigatório por lei no Brasil?

Não existe uma lei federal que torne o rotograma obrigatório para todas as operações, mas ele é altamente recomendado para transportes de cargas sensíveis, perigosas ou de alto valor, especialmente como parte das exigências de gerenciamento de risco de seguradoras e gerenciadoras integradas.

Com que frequência um rotograma deve ser atualizado?

O ideal é revisá-lo a cada viagem, já que condições de estrada, obras, riscos e pontos críticos mudam constantemente. No mínimo, recomenda-se revisão mensal para rotas fixas.

Existe diferença entre rotograma para cargas perigosas e cargas comuns?

Sim. Para cargas perigosas, o rotograma deve incluir requisitos adicionais, como rotas autorizadas, restrições de áreas urbanas, pontos de emergência especializados e protocolos adicionais de segurança.

Quem é responsável por elaborar o rotograma em uma transportadora?

Geralmente, o setor de segurança do transporte, o gestor de riscos ou o coordenador de logística assume a elaboração. Em empresas menores, pode ser responsabilidade do gestor de frota ou até do próprio motorista treinado.

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